A CANOAGEM DOMINOU PRÉMIOS DA GALA DO DESPORTO

OS JORNAIS, OS JORNALISTAS E O CNID FORAM NOTÍCIA

A entrega sem recusa e a organização competente de atletas, treinadores e dirigentes da Canoagem foi justamente amplificada durante a Gala do Desporto que decorreu no Casino do Estoril, na noite de 15.10.2012. Foi para a Canoagem o maior número de nomeações. A saber: Ryzard Hoppe (treinador); Diogo Lopes (jovem promessa); dupla k2 1000 metros (equipa); Teresa Portela (atleta feminina); Fernando Pimenta (atleta masculino), ou seja, canoístas presentes em todas as candidaturas propostas.

O treinador polaco Hoppe e a dupla Emanuel Silva/Fernando Pimenta (equipa do Ano), únicos medalhados portugueses em Londres 20012 foram, então, os vencedores com mérito nas respectivas categorias. Fernando Pimenta bisou, aliás, no Estoril.

Emanuel Silva e Fernando Pimenta contaram, radiantes, com o apadrinhamento siginificativo da campeoníssima Rosa Mota, nesta data (só agora?) eleita pela Associação Internacional das Maratonas como a “melhor maratonista de todos os tempos”.

Mas outros dos feitos do atletismo português protagonizados por Carlos Lopes, Fernanda Ribeiro e Nelson Évora, por exemplo, também não foram esquecidos através da passagem das respectivas memórias registadas em filme e que voltaram a arrancar fortes aplausos da numerosa plateia. Jéssica Araújo (atleta feminina do ano) feliz com a distinção homenageou Rosa Mota e foi peremptória no declarar que o seu projecto desportivo vislumbra atingir o patamar elevada da eterna “menina da Foz”.

Os outros distinguidos da noite, ainda não mencionados aqui: Rui Costa, ciclista (atleta masculino do ano) e Emanuel Gonçalves, madeirense, campeão mundial de águas abertas – pessoas com deficiências – (jovem promessa), a grande surpresa da Gala, se tivermos em conta que concorria com Miguel Oliveira (motociclismo), Diogo Lopes (canoagem), Patrícia Mamona (atletismo) e Rui Silva (andebol).

Aplausos, nostalgia e reconhecimento misturaram-se naquele ambiente festivo quando o timbre da voz inconfundível de Artur Agostinho ecoou pelos registos sonoros que ele soube perpetuar com o seu talento de grande comunicador e o humanismo que no Desporto é lei. Assim: “Gooooo….lo” “foi Golo de Eusébio” “foi golo de Portugal”ou “foi golo do Ben…fi…ca!” ou, ainda, a descrição entusiasmada de uma emplogante final de etapa da Volta a Portugal em bicicleta que o inesquecível Joaquim Agostinho correu como só ele sabia correr, numa ligação em contra-relógio, entre o Autódromo do Estoril e o Estádio José Alvalade, com milhares de pessoas a celebrar a sua raça e o seu indómito querer, serpenteando as bermas de todo o percurso referido.

E o Artur nos anos épicos do hoquei em patins traz-nos a recordação de Lança Moreira, Amadeu José de Freitas, Nuno Brás, entre outros, muitos outros companheiros de jornada e amigos, alguns, de uma vida.

Pois foi como se descreve: a Gala do Desporto 2012 e a Confederação do Desporto de Portugal fizeram a notícia do “Jornalismo Desportivo” dos jornalistas portugueses da área do Desporto, o que é raro, muito raro, porque os próprios orgãos de Comunicação Social se esquecem dos seus. E a CDP consagrou o nosso CNID com a importante referência de “Alto Prestígio” que muito nos honra e orgulha, naturalmente.

Como vem sendo tradição a CDP também entregou troféus e diplomas por “Mérito Desportivo”a cerca quatro dezenas de personalidades/entidades do ano (dirigentes, treinadores, orgãos de Comunicação Social e jornalistas) indicadas pelo Movimento Associativo Desportivo. Foi o caso, por exemplo, do jornal “A Bola”, representado pelo “mestre” Santos Neves, distinguido pela Federação Portuguesa de Râguebi. Jorge Gabriel elogiou o “mestre” e a FPR justificou a atribuição deste prémio pelo acompanhamento que aquele diário desportivo tem garantido na divulgação de uma das práticas desportivas que mais cresceu em termos de qualidade competitiva, aumento de espectadores e de atletas. O árbitro de futebol Pedro Proença também recebeu o seu prémio, mas abandonou o Casino do Estoril, imediatamente.

Foi com o Prémio de Mérito Desportivo (atletas e equipas) que a CDP homenageou os campeões europeus e mundiais, e medalhados olímpicos e paralímpicos, em 2012. Na impossibilidade de transcrevermos a lista de cerca de quatro dezenas de premiados, sublinhemos de forma aleatória, os nomes de Telma Monteiro (judo), Dulce Félix (atletismo), Marco Freitas (ténis-de-mesa), Joana Santos (campeão do mundo de judo, pessoas com deficiência), Ricardo Pinto (patinagem artística – solo dance), dupla K2 1.OOO metros (canoagem), Selecção Nacional de Sub-21 (taekwondo).

Gentil Martins com Ética

Médico com excelente reputação científica, desportista de eleição, dirigente empenhado, o professor doutor Gentil Martins é uma personalidade incontornável da sociedade portuguesa, cujo percurso de vida tem sido reiterado pela defesa de valores como a compreensão, a tolerância e o respeito entre os seus pares. Assim sendo o PNED (Plano Nacional de Ética no Desporto), sediado no Instituto Português do Desporto e Juventude (IPJD) e promovido pela Secretaria de Estado do Desporto e Juventude, foi decidido instituír o Prémio Ética no Desporto que Gentil Martins recebeu, emocionado, e surpreso,d as mãos do coordenador do PNED, Dr. José Carlos Lima, no palco do Casino do Estoril, acto acolhido pelos presentes na Gala com uma manifestação de regozijo.

Gentil Martins representou Portugal nos Jogos Olímpicos de Roma,em 1960, na modalidade de tiro. Praticou voleibol no CIF. Foi campeão nacional júnior em ténis (pares), vice-campeão universitário de 400 metros barreiras. Foi um grande impulsionador pelo desenvolvimento do badminton,em Portugal.

Gentil Martins foi também fundador e presidente da Associação dos Atletas Olímpicos Portugueses (2003-2012), membro da Comissão Nacional de Ética no Desporto, presidente do Conselho Consultivo do CIF e membro da Academia Olímpica.

O Governo da República Portuguesa agraciou o Prof. Doutor Gentil Martins,em 30.07.2004, com o título de Grande-Oficial da Ordem do Infante D.Henrique. Em 08.06.2009 esta distinção foi elevada a Grã-Cruz, da mesma Ordem Honorífica.

Refira-se, entretanto, que o troféu de Ética no Desporto é de autoria de Joana Teixeira, aluna da Escola Superior de Belas Artes do Porto, vencedora do concurso de escultura “Troféu Ética Desportiva”, promovido em tempo pelo PNED.