Outra das peças desta interessante colecção é dada à estampa com o seguinte titulado:”Educação pelo Desporto e Associativismo Desportivo – uma ligação necessária”, obra organizada pelo professor Carlos Eduardo de Barros Gonçalves, muito útil para a reflexão entre treinadores como se revela neste ponto de apresentação: “Tudo aponta para que seja o ambiente de treino o factor chave na produção de efeitos positivos ou negativos sobre o praticante, potenciado pela acção de outros significantes”.
A terceira publicação vinda agora a público dá pelo nome original “Desportivismo e desenvolvimento de competências socialmente positivas”, livro assinado pelo professor Carlos Eduardo de Barros Gonçalves que inclui uma “nota de apresentação” subscrita pelo ex-governante com a tutela da Educação e do Desporto, Roberto Carneiro que sublinha,então:”…é uma obra exaustiva, empiricamente documentada num sólido corpus de investigação, original na abordagem científica de um tema de inegável relevância contemporânea…” E Roberto Carneiro após examinar, em separado, cada um dos sete capítulos deste trabalho conclui o seu texto, assumindo as palavras com as quais o autor fecha o livro: “Se acreditamos que o desporto faz bem, é obrigatório que nos asseguremos que as boas intenções se traduzem na realidade dos treinos e das competições”.
Novas questões éticas e complexas
O “aumento desmesurado da importância económica do Desporto, veículo mediático do espectáculo e da procura social da prática por parte de segmentos da população em busca de lazer saudável e do corpo perfeito” coloca na reflexão do professor Carlos Eduardo de Barros Gonçalves “questões éticas novas e complexas” sendo que em simultâneo “a procura social do desporto é assumida como globalmente positiva” o que significa que seria sempre “desejável que a prática se transforme numa experiência proporcionada à maioria da população”.
Foi com estes pressupostos ou reflexões sustentadas e no ambiente propício do salão da Biblioteca Nacional do Desporto ao Museu Nacional do Desporto (MND) que encontrámos além dos académicos, autores das investigações passadas a livro, actuais ou ex-dirigentes do Movimento Associativo Desportivo e outros agentes ou funcionários administrativos do Desporto. Outras presenças: Provedor da Ética do Desporto, Juíz Abrantes Mendes; Directora do MND; coordenador do PNED José Lima; Humberto Ricardo, também operacional do PNED; Marques da Silva, secretário-geral e António Feu, presidente do Conselho Fiscal, ambos do COP; Maria Emília Azinhais; Emanuel Medeiros, presidente das Ligas Europeias de Futebol, Mónica Jorge, Directora para o Futebol Feminino da FPF; José Ribeiro, director das Edições Afrontamento, editora sediada no Porto, em tempo comemorativo dos seus 50 anos de ligação permanente ao mundo livreiro e Gentil Martins, reputado médico e antigo praticante desportivo, olímpico,recentemente distinguido com o Prémio “Ética no Desporto”, instituído pelo PNED.
A sessão foi presidida por Augusto Baganha, presidente do Conselho Directivo do Instituto Português do Desporto e Juventude que substituíu, à última hora, o Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre.
O general Rodolfo Begonha foi o apresentador-comentador de serviço, a convite expresso do membro do Governo da tutela, tendo aproveitado o ensejo para se manifestar “muito honrado com o convite” e sublinhar o rigor e a elevada qualidade técnica e científica dos livros em apreço. Além disso os três primeiros volumes desta nova colecção, “Ética no Desporto”, estão escritos em português escorreito e projectam abundante referencial bibliográfico, muito bem sinalizado.