Foi a notícia da notícia dessa terça-feira 8 de Outubro 2013 que apanhou, no entanto, quase todo o mundo desprevenido, e mitigou de alguma forma a expectativa suscitada pelo reencontro dos canoístas Emanuel Silva e Fernando Pimenta que aconteceu, aliás, da forma mais serena possível como testemunhava, por exemplo, o expressivo documento do fotojornalista Fernando Ferreira que cobria a última página da edição de Record, publicada na quarta-feira,9 de Outubro 2013. Emanuel Silva-Fernando Pimenta, a par, como sempre o fizeram em dupla competitiva, nesta situação ladeados por Augusto Baganha, presidente do IPDJ e José Manuel Constantino, presidente do COP.
Os vice-campeões olímpicos, campeões noutros momentos da canoagem nacional e internacional, lamentaram sobretudo o abandono de funções desportivas de “um amigo” e não deixaram de lado a hipótese de voltarem a competir juntos, ou seja, em equipa, desde que as decisões técnicas apontem nesse sentido. Uma boa notícia, naturalmente! Os dois canoístas expressaram, por seu turno, uma satisfação sentida por terem sido eleitos como ” melhor equipa do ano” na companhia da equipa sénior de hóquei em patins do S.L.Benfica.
Mário Santos foi assim o ausente, mais presente, tanto mais que este dirigente desportivo era assíduo nas iniciativas do CNID e também nós sentiremos a falta do seu convívio amigo.
O vice-presidente Vítor Félix elucidou, entretanto, que a demissão de Mário Santos implica a queda da actual direcção da Federação de Canoagem, segundo o regime jurídico das federações, em vigor, pelo que terão de se realizar novas eleições “provavelmente, durante o mês de Dezembro” explicou aquele dirigente da canoagem.
Hoquei em patins do SLB com “fair – play”
A equipa de hóquei em patins, sénior, do S.L.Benfica a outras das “melhores” equipas do ano recebeu o respectivo prémio CNID ZONVítor Serpa e Nuno Pinto Magalhães entregam o Prémio Equipa do Ano ao Hóquei em Patins do SLB SAGRES 2013 na presença dos hoquistas campeões europeus da modalidade e do seccionista do SLB, José Trindade, uma conquista singular para o clube da Luz, tendo em atenção, por exemplo, como muito bem lembrou o presidente da Direcção do CNID, António Florêncio, esse importante título não fora obtido ainda em tempos entusiásticos do hóquei em patins português, quando o SL Benfica ainda detinha poderio na modalidade e em cuja equipa pontificavam algumas referências como António Livramento, grande nome da modalidade a nível mundial.
A equipa agora homenageada pelo CNID, e com o apoio da ZON e da SAGRES, chegava dos Açores, onde venceu o Torneio das Vindimas em compita com Candelária e S.C.P e foi distinguida com o prémio de “fair.play”. Em tempo de execução do Plano Nacional da Ética Desportiva (PNED), esta referência poderá ser outra boa notícia.
Uma vida de dedicação
uma história de vida dura
Os Prémios anuais do CNID, a cuja iniciativa se associaram a ZON e a SAGRES têm sido enriquecidos pela carga do seu próprio simbolismo e por um reconhecimento público, evidentes, e por isso o Prémio Dedicação — o mais recente — assume para nós como que um desígnio de grande respeito pela cidadania. No Jamor, entre os premiados, esteve o senhor João Batista, encarregado de instalações desportivas no Estádio Nacional, já na reforma, após 64 anos de trabalho insano. Aos 12 anos já lá andava ele, entre as equipas de operários que em 1941 foram destacadas para o início da construção do Estádio Nacional. Eram tempos difíceis, em termos sociais e políticos, com jornas a cinco escudos a vida não poderia ser promissora, não.
No caso de João Batista, nascido e ainda hoje residente em Linda-a-Pastora, no Vale do Jamor, não muito distante do Estádio Nacional foi, apesar disso, uma vida de dedicação ao trabalho, sempre duro, é verdade. Mas foi assim que foi construindo a história de uma vida, muito dura, e este Prémio de Dedicação 2013, assenta-lhe bem e por seu inteiro mérito.
António Florêncio, presidente da Direcção do CNID, traçou o perfil curricular, digamos assim, deste homem humilde mas muito popular. Ele conheceu um sem número de administrações do Estádio Nacional, privou com dirigentes desportivos, atletas, jornalistas, membros de vários governos da República. Por lá viu passar políticos do Estado Novo.
Soube agradecer, comovido, a homenagem com as palavras simples dos homens simples mas dignos, palavras de gratidão sincera que trazia escritas numa tira de papel branco.
O senhor João Batista pode agora juntar o troféu do CNID ZON SAGRES que levou para a sua casa em Linda-a-Pastora à camisola do João Batista recebe Prémio CNID ZON SAGRESCeltic, assinada pelos jogadores escoceses que em 1967 defrontaram e venceram o Inter de Milão, na final da Taça dos Campeões Europeus de futebol, disputada no relvado do Estádio Nacional que ele tantas vezes tratou, com carinho e competência.
E juntar também à Medalha de Bons Serviços Desportivos que em 1991 o então Governo da República o distinguiu, na passagem dos seus 50 anos de serviço exemplar. E dez anos depois, aos 60 anos de serviço, recebeu uma camisola da selecção nacional com o número 60 e o seu nome inscrito, numa homenagem que a FPF lhe prestou. Além de uma outra homenagem a que os jornalistas desportivos, então, se associaram.