CARLOS LOPES, RUI COSTA E JOÃO RODRIGUES PREMIADOS PELO COP

O canoísta Diogo Lopes, campeão jovem, também mereceu a homenagem do COP ao ser escolhido para o Prémio Juventude

O campeoníssimo Carlos Lopes recebeu das mãos da campeoníssima Rosa Mota e do veterano dirigente olímpico, Eng.º Lima Belo, o colar da Ordem Olímpica, e respectivo diploma, com evidente boa disposição: “Ainda sou muito jovem para receber esta medalha, mas é bem vinda!”, exclamou o primeiro medalhado de ouro para Portugal, em Jogos Olímpicos (1984,maratona de Los Angeles),distinção que lhe foi outorgada pelo Comité Olímpico de Portugal (COP), a grande casa do Desporto português e que acaba de comemorar 104 anos de existência, na presença também do secretário de Estado do Desporto e Juventude, Emídio Guerreiro. A nossa Associação esteve representada pelo secretário-Geral, Murillo Lopes.

A celebração de excelência teve acolhimento no ambiente de excelência da Fundação Champalimaud, incrustada na paisagem memorial dos Descobridores portugueses, e o respectivo auditório, (cenário que tem por registo habitual admiráveis comunicações científicas), encheu literalmente, desta feita, para aplaudir, sem hesitações, os nossos atletas campeões, os nossos técnicos e os nossos dirigentes que ao Olimpismo e ao Desporto de Portugal têm oferecido muito, ou quase tudo, do prestígio que ainda possamos lograr além-fronteiras.

Daí que tivessem ganho particular eco as palavras proferidas por José Manuel Constantino, presidente da Comissão Executiva do COP, quase no final da cerimónia, ao apelar com veemência para que se “evite o encerramento dos clubes”, para que seja possível “animar os atletas” e que se possa “reconhecer o trabalho dos professores nas escolas”. Admitindo, embora, que o “caminho não é fácil” Constantino sublinhou que sendo certo que “praticar desporto é cada vez mais oneroso” será, por isso mesmo, urgente impedir “a desvitalização de clubes e de colectividades” porque, se assim não for, “existe um risco de dimensões incalculáveis”.

Entretanto o ciclista  Rui Costa, campeão do Mundo de estrada, vencedor da Volta à Suíça e primeiro em duas etapas, na edição 2013 do “Tour” de França” reconheceu, feliz da vida, que “estava a ficar mal habituado com tantos prémios”. Neste caso o COP entregou-lhe justificadamente a medalha Olímpica. Antes Rui Costa já havia sido distinguido, sucessivamente, pelo CNID,CDP e pela sua Federação, a de Ciclismo, naturalmente.

A medalha de Mérito Desportivo do COP, também foi bem atribuída, a João Rodrigues, o velejador madeirense, com 42 anos, campeão dos campeões na prancha à vela, seis presenças sucessivas nos JO, desde Barcelona 92. E mantém Rio 2016 no horizonte. São dele, João Rodrigues, estas palavras encorajadoras para os mais jovens: “Todas as participações nos JO mudaram a minha vida. Foi um privilégio. É agora uma honra estar aqui, mas espero continuar a representar Portugal, em mais algumas competições olímpicas”.

A noite gelada daquela quinta-feira, última de Novembro 2013,iluminada por estrelas do Desporto português foi enquadrada por momentos de excelência musical, na voz da soprano Sara Laureano, pela magia da arte mágica do jovem Mário Daniel e pela arte gímnica de uma classe de eleição do Ginásio Clube Português.

Outro bom enquadramento, dir-se-á, para os restantes homenageados pelo COP, todos credores, sem dúvida, de um aceno de imenso reconhecimento. Como sejam: Diogo Lopes, jovem canoísta, com vários títulos como júnior, recebeu o Prémio Juventude. E o comendador Rui Nabeiro, um notável empreendedor da cidadania, ausente no estrangeiro, receberá o Prémio Prestígio, em data oportuna. O Troféu Olímpico deu relevo, por seu turno, ao trabalho autárquico em prol do desenvolvimento desportivo, a nível da prática no terreno escudado em adequadas infraestruturas desportivas. Os Municípios de Anadia e de Montemor-o-Velho, aqui galardoados, simbolizam a expressão desse esforço bem visível de Norte a Sul do País, nos últimos 39 anos. Com o apoio do tecido Associativo/Federativo, evidentemente.

O Governo da República, entretanto, por proposta do COP, agraciou, a título póstumo, o falecido João Salgado, presidente da Federação de Karaté. A medalha de Mérito Desportivo e respectivo diploma foram recebidos, com compreensível emoção, pela filha do destacado dirigente, antigo atleta determinado  e treinador competente, da modalidade da sua paixão desportiva. O antigo dirigente olímpico e do Tiro com armas de caça, Geraldes de Oliveira, chefe de missão aos Jogos em Barcelona 92, também recebeu, visivelmente emocionado, a Medalha de Mérito Desportivo e diploma correspondente, do Governo da República.

Ao encerrar a cerimónia, apresentada por João Gonçalves, comentador-residente da Sport TV e membro da actual Direcção da nossa Associação, o Secretário de Estado do Desporto e Juventude saudou os premiados de hoje, de ontem e fez votos para que muitos outros surjam no próximo-futuro congratulando-se, então, com o empenho do COP em defender os agentes desportivos portugueses e em promover a dignificação da prática desportiva em Portugal.