Aproveitando a comemoração do Dia Internacional para o Desenvolvimento, Desporto e Paz (06.04 2017), o presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, distinguiu o Conselho Português para os Refugiados (CPR) entregando à sua presidente e fundadora, Maria João Tito de Morais Mendes, o troféu do Comité Olímpico Internacional (COI) “Sport Beyond Borders” (Desporto sem Fronteiras).

O COP promoveu no auditório da sua sede na  Ajuda (Lisboa) uma Conferência Internacional, associada à comemoração, que contou com o testemunho especial do dinamarquês Michael Pedersen, fundador da “Change the Game”, que relatou as suas experiências em projectos de sucesso, nomeadamente no Perú e na África do Sul, porque como salientou “o Desporto é uma ferramenta essencial para a inclusão.”

Pedersen trabalha, ainda, nas áreas da boa governação, capacitação, ética e integridade.

Durante a sessão, muito concorrida, houve tempo para emoções fortes quando foram ouvidos os depoimentos sentidos de jovens deslocados e acolhidos em Portugal pelo CPR, casos de evidentíssimo sucesso, onde a sua integração na sociedade portuguesa passa muito pela prática e animação desportivas e pelo trabalho notável da equipa que Maria João Tito Morais lidera, com amor e dedicação sem limites.

Foi inaugurada, entretanto, a exposição fotográfica “Sem Muros”, com a assinatura da fotógrafa Clara Azevedo.

Acresce referir  que o CPR é uma organização não governamental para o Desenvolvimento, sem  fins lucrativos, independente, pluralista, inspirado numa cultura humanista de tolerância e respeito pela dignidade dos outros. Fundada em 20 Setembro 1991 tem sede na Quinta do Pombeiro, em Lisboa.

O CPR gere dois centros de acolhimento para requerentes de asilo e refugiados, Centro de Acolhimento para Refugiados (CAR),na Bobadela e Centro de Acolhimento para Crianças Refugiadas (CACR), no Parque da  Bela Vista, em Lisboa. Gere, ainda, uma creche e um jardim de infância, “Espaço A Criança”, integrado no CARC.

Entre os vários protocolos celebrados pelo CPR no âmbito do acolhimento, integração, reinstalação e formação dos refugiados destaca-se um protocolo firmado com o COP, visando programas de prática e animação desportivas, fundamentais para uma integração, que se deseja o mais alargada possível. Nota ainda para o facto de a Fundação Luís Figo apoiar o CPR, ao nível do acolhimento de crianças refugiadas.

FOTOGRAFIA COP