O PNED (Plano Nacional de Ética no Desporto) surge neste ano de 2022, após o seu lançamento público em 2012, como uma marca de excelência que faltava para cimentar, e valorizar, o prestígio do Desporto português obtido não só através do esforço e entrega ao treino de muitos atletas de eleição, com notáveis resultados desportivos, aliás, como também o prestígio adquirido pela elevada competência técnica e formativa de treinadores e outros agentes, de valências diferenciadas.
E ainda o Desporto português projectado no Mundo, naquilo que se relaciona com a capacidade e o engenho organizativo em todo o território continental e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, de múltiplos eventos de matriz nacional ou internacional.
O trabalho do PNED já atravessou fronteiras. Tanto assim é que há a registar duas distinções internacionais, a saber: 2016 — Prémio de reconhecimento pelo “Movimento Europeu de Fair-Play”; 2021 — Prémio de reconhecimento pela “Peace and Sports”.
“Bandeira da Ética”
O PNED desenvolveu “o primeiro, único e inovador modelo de certificação dos valores éticos, no Desporto” surgindo, então, a “Bandeira da Ética”. Nesta década da sua acção “foram registadas cerca de 1.700 entidades e assentes mais de 450 certificações”.
No âmbito da promoção e valorização dos “gestos e atitudes de desportivismo” foi criado o “Cartão Branco”, com assinalável êxito, por exemplo, no “desporto de formação”, Este “recurso” funciona, nesta data, em 25 práticas desportivas (muitas delas competitivas) e conheceu uma adesão de 71 entidades. A coordenação do PNED estima, entretanto, que o referido cartão já foi mostrado mais de 2.700 vezes. Para além das numerosas “ações de sensibilização e de formação” junto dos mais diversos agentes do tecido social e desportivo, a coordenação do PNED, titulada por José Carlos Lima, tenta participar em todos os eventos ligados ao Desporto e somou já 850 presenças, abrangendo um universo plural ,de 320 mil pessoas.
Conteúdos pedagógicos
O IPDJ/ PNED vem apostando, também, na produção de conteúdos pedagógicos ou de natureza académica para melhor divulgar a “missão e objectivos” do PNED sendo de realçar, neste particular, a iniciativa da colecção “Ética no Desporto”. Numa parceria com as Edições Afrontamento, com sede no Porto., têm sido dados à estampa livros sobre a temática da autoria de estudiosos da matéria como são os casos, por exemplo, dos catedráticos Manuel Sérgio e Michel Renaud, entre muitos outros.
Foram lançados vários concursos para divulgar estes ideais, como sucede, há dez anos, com o concurso de jornalismo “Ética no Desporto”, numa parceria envolvendo o IPDJ/PNED e a nossa Associação dos Jornalistas de Desporto (CNID). Concurso aberto a textos sobre ética no desporto, é claro, produzidos por jornalistas profissionais ou colaboradores dos órgãos de Comunicação Social escrita, publicados no Continente, nos Açores e da Madeira ou naqueles que se editam no espaço alargado da diáspora portuguesa. “Imprensa Regional”, “Imprensa Generalista e Desportiva” e “Online” são as categorias a concurso. Um júri, nomeado anualmente pelos promotores e de que o CNID faz parte, decide sobre os textos premiados. Os Prémios e respetivos diplomas são entregues durante a Gala anual
comemorativa do aniversário do CNID e celebração dos “Prémios CNID”, ato que acontece desde a fundação da associação, em 1966.
Ética no desporto, sempre, incluindo a integridade, porque o desporto se tornou tão importante que desperta outros interesses, nem sempre compatíveis com os valores mais sãos. É por isso que o PNED é importante.
Murillo Lopes