Vitor Serpa deixou de ser o diretor do diário desportivo A Bola, ao fim de 30 anos e é substituído por João Bonzinho, jornalista naquela casa há dezenas de anos também. José Manuel Delgado será ainda diretor-adjunto, ele que já pertencia à direção.
O Editorial da edição de hoje, logo na primeira página, tem o artigo de despedida de Vítor Serpa, em que este anuncia também o nome do seu sucessor. “Nenhum poder deve ser eterno”, é o título do artigo do jornalista que mais tempo foi diretor do jornal e que há mais tempo dirigia qualquer jornal português de primeira linha, diário ou semanário, numa longevidade muito rara hoje em dia.
Vitor Serpa explica que não saiu antes por causa da pandemia de covid-19, que alterou a vida do país e criou muitos problemas aos jornais, nomeadamente diários.
“Os jornais vivem uma crise generalizada e, em Portugal, o problema é, mesmo, o da sobrevivência”, mas “não sou pessimista quanto ao futuro”, pois “existem razões objetivas para acreditar, a primeira das quais é a qualidade da nossa equipa, continuaremos juntos na luta pelo sucesso e na convicção de que continuaremos a ter a preferência dos leitores”, conclui Vítor Serpa no editorial.
Vitor Hugo dos Santos Serpa nasceu a 9 de dezembro de 1951 e além de quase 50 anos nos quadros de A Bola, onde entrou em 1974 vindo do extinto Diário Popular, tem vários livros publicados como ‘Tanta gente em mim’, ‘Há vida nas estrelas’ ou ‘Golos de letra’.
A Jo~so Bonzinho, o CNID deseja as maiores felicidades no novo cargo.