“A Lei de Bases do Desporto deve acolher os Jornalistas?”

‘Porque não considerar os jornalistas também na Lei de Bases do Desporto, dada a sua importància no fenómeno, a sua importância histórica? São agentes do Desporto. De resto estou a falar de Jornalistas e comentadores, alguns destes são jornalistas e outros não. Mas a importância dos jornalistas é inegável’.

A ideia foi exposta publicamente pelo ex-secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, num debate promovido no Palácio Galveias, em Lisboa, na passada quinta-feira à noite pelo Panathlon Clube de Lisboa sobre, precisamente, a nova Lei de Bases do Desporto. Moderado pelo advogado Fanha Vieira, no encontro participaram ainda Laurentino Dias (que era secretário de Estado desta área na altura da última revisão da Lei, em 2007) e Alexandre Mestre, que foi secretário de Estado na primeira parte do governo Passos Coelho (de 2011 a 2013). A sessão foi aberta pelo presidente do Panathlon, Mário Almeida, com um agradecimento a todos os presentes incluindo os que seguiram a sessão via streaming através da Andeboltv, enquanto Fanha Vieira traçou o quadro geral sobre o debate da Lei de Bases do Desporto e da Educação Física lançado há algumas semanas pelo secretário de Estado João Paulo Correia.

João Paulo Rebelo, além da “provocação” ao presidente do CNID, presente na sala, lançou outras ideias como a de procurar nos Objetivos do Dessenvolvimento Sustentável da ONU para 2020-30 algumas ideias e também considerar a necessidade de a lei consagrar a defesa dos atletas contra o assédio e os abusos sexuais, que são hoje um problema muito debatido.

Laurentino Dias, Fanha Vieira (moderador), Alexandre Meste e João Paulo Rebelo (de costas) no debate realizado no Palácio Galveias, em Lisboa

Alexandre Mestre deixou a ideia de que a lei de bases não é o mais importante – ‘há países que nem a têm e conseguem melhores resultados do que nós’. “A questão do financiamento ao desporto é que é realmente importante e o que hoje o setor recebe é ainda muito pouco, ridiculamente pouco”. O Tribunal Arbitral do Desporto (de que se confessou defensor) ainda não existia em 2007 e obviamente tem que se , o estatuto do dirigente desportivo benévolo foi outra ideia que todos acolheram nas suas alocuções.

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Carlos Pereira Santos apresenta ‘Ao pé coxinho’

“Paulinho Bala, um jovem jogador do Chatos FC, esteve com um pé no Real Madrid e com os dois no Benfica mas a coisa correu mal porque caiu na asneira de dizer numa entrevista que era portista desde pequenino. Está história passa-se nos anos 80, os gloriosos anos 80, que nunca deviam ter acabado.

Carlos Pereira Santos apresentou “Ao pé-coxinho’ com muitos amigos no Quartel dos Bombeiros (Foto retirada do mural no FB de José Leirós)

A noite maior dos anos 80 foi a de 27 de maio de 1987, quando Madjer mandou Aquiles para o esquecimento. É nessa noite que o jornalista Raimundo Solas conhece Mafalda, um jovem boa, muito boa mesmo, que resolveu iniciar a vida de empresária de futebol, ainda não se falava do superagente Jorge Mendes.

Este é um livro de histórias que andam à volta do jornalismo, do futebol e de quem se serve dele. Atenção que muitas delas são verdadeiras, como aquela de um diretor de jornal que bebeu até morrer depois de falhar a notícia da morte do Presidente da Câmara do Porto. Acreditam?”

É assim que reza a contracapa de “Ao pé coxinho (podia ser uma novela)”, o novo livro de Carlos Pereira Santos, Jornalista de “O jogo”, apresentado há dias no Quartel dos Bombeiros de Matosinhos-Leça,  com a presença de muitos amigos do autor, de Jorge Costa a José Leirós, de Pedro Barny a José Gomes ou Manuel Monteiro.