Camaradas da Direção do CNID, a que há quase 40 anos tive o orgulho de pertencer,
A morte do António Florêncio tocou-me muito e levou-me a recordar os muitos grandes jornalistas portugueses com quem tive a honra de aprender, como homem e como profissional da comunicação.
Comecei pelo Galvão Correia, tão injustamente esquecido (até enquanto estava no ativo), passei pelo Carlos Pinhão, pelo Vitor Santos, pelo Homero Serpa e por tantos outros que seria fastidioso listar aqui. E à lista teríamos ainda de juntar os repórteres fotográficos, como o Nuno Ferrari, o António Capela e o Carlos Vidigal, para dar apenas três exemplos, os jornalistas de televisão (os outros que me perdoem, mas tenho de falar do meu amigo Serafim Marques!) e da rádio.
Esse pensamento saudoso levou-me a pensar que o CNID poderia criar um Quem é Quem do Jornalismo Desportivo. Talvez primeiro online, mas sempre com o sonho de chegar ao prelo.
Não é difícil e seria certamente uma forma de não permitir que pessoas que, de forma quase anónima, tanto contribuíram para o Desporto e para a Cultura (sim, para a cultura) caiam no esquecimento.
Há apenas pouco meses falava com um jovem jornalista desportivo (não direi quem nem de onde) e disse-lhe que um dos meus grandes modelos tinha sido o Carlos Pinhão. Os olhos dele viraram-se para o interior do crânio, talvez em busca de uma qualquer referência, antes de responder “Nunca ouvi falar…”.
Podemos permitir que isto aconteça?
Abraços fortes para todos
Frederico Valarinho, antigo sócio do CNID