CNID apoia exposição ‘Futebol para a Paz’. Cem camisolas de seleções na Cidade do Futebol

Exposição "Futebol para a Paz" (foto: D.R.)
Exposição “Futebol para a Paz” (foto: D.R.)

A exposição “Futebol para a Paz”, organizada pela Delegação em Portugal da Academia Diplomática, é inaugurada nesta sexta-feira, dia 10 de janeiro, na Cidade do Futebol, com o objetivo de mostrar que o futebol pode ser um instrumento de diálogo e união. O CNID – Associação dos Jornalistas de Desporto é um dos parceiros da organização, juntamente com a Rádio Renascença e a Federação Portuguesa de Futebol.

O CNID tem sido, sobretudo nos últimos anos, convidado para realizações de grande relevância como esta, apoiando-as sempre que a sua direção entende que se trata de eventos de interesse e dentro dos valores a que devemos estar ligados – promoção da paz, da inclusão, de uma sociedade mais justa. E por isso, associa-se à Exposição ‘Futebol para a Paz’, depois de, há alguns meses, ter assinado um protocolo com a Academia Diplomática Espanhola através da sua delegação em Portugal, capitaneada por Jorge Antas de Barros.

Esta exposição nasceu em Espanha e tem como presidente-executivo Santiago Antelo, que ainda recentemente participou numa conferência realizada no Porto. E num momento em que Portugal, Espanha e Marrocos já sabem que vão organizar o Mundial 2030, o apoio a esta iniciativa faz ainda mais sentido. De resto, como já demos conta aqui, o CNID tem em desenvolvimento um protocolo com as congéneres de Espanha e Marrocos no quadro do Campeonato do Mundo organizado pelos três países. Tem também previsto ajudar a fundar neste ano de 2025 a Confederação das associações de jornalistas de desporto da comunidade de Língua Portuguesa.

Em declarações à Rádio Renascença, o delegado em Portugal da Academia Diplomática explicou que se trata “de uma exposição que se pretende permanente e itinerante, e que tem como objetivo demonstrar que o futebol pode e deve ser um veículo de unidade e de amizade entre os povos e as nações do mundo”, contando colaboração das embaixadas, que forneceram as camisolas das respetivas seleções nacionais.

A abertura está marcada para esta sexta-feira, às 11h00, na Cidade do Futebol, casa das seleções nacionais de futebol, e a FPF pretende que a exposição fique aberta ao público por alguns dias. Na inauguração, estarão presentes embaixadores, ou seus representantes, de 80 países, incluindo a embaixada russa, que continua a manter a sua representação em Portugal.

As camisolas, a atração principal para quem gosta de futebol, são de mais de 100 seleções. Antas de Barros elenca alguns: “Albânia, Alemanha, Argentina, Arménia, Azerbaijão, Bangladesh, Bélgica, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Cabo Verde, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Escócia, Estados Unidos, Estónia, Filipinas, Finlândia, Gales, Grécia, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Haiti, Honduras, Hungria, Indonésia, Inglaterra, irão, Islândia, Polónia, Portugal, Qatar, Paraguai, Paquistão, Países Baixos, Omã, Turquia, Uzbequistão, Vietname, Suíça, Tailândia… Sei lá, são tantos. Todos aderiram.”

É esse o mote: através da adesão, mostrar que o desporto, e em concreto o futebol, deve ser considerado “um meio de diplomacia, um instrumento para unir pessoas e nações” e ajudar a resolver conflitos, disse ainda Antas de Barros à RR.

A iniciativa começou em Espanha, terra-mãe da Academia de La Diplomacia, Las Relaciones Internacionales Y el Protocolo do Reino de Espanha, nome completo da organização. A primeira exposição, em 2021, teve lugar no estádio do Atlético de Madrid, durante a World Football Summit, com a La Liga como parceiro.

Em Portugal, a Academia está sediada em Cascais, fruto de uma parceria com a Autarquia. A exposição começa na Cidade do Futebol, em Oeiras, mas o objetivo é levá-la a todo o país.

“Vamos levar a exposição ao Porto, provavelmente numa parceria com o FC Porto. Vamos procurar ir a outras cidade, como Braga, Viseu, Évora, enfim, quem estiver disponível para receber uma iniciativa deste género. É uma mensagem de paz”, vinca Jorge Antas de Barros.
O que a Delegação em Portugal da Academia Diplomática pretende, com esta iniciativa, é
“que as pessoas saibam interpretar este gesto”.

“É o suficiente. No dias de hoje, devemos falar menos em guerra e mais em paz. É isso que nós queremos que as pessoas interpretem. É isso que nós pretendemos que as pessoas interiorizem. Este é o objetivo que nós temos”, salienta, nestas declarações ao programa Bola Branca.

A “vocação” da Academia Diplomática não é o desporto, mas sim, como indica o nome, a diplomacia. Organiza colóquios, seminários e iniciativas culturais, sempre em contacto com embaixadas, com o desígnio da promoção da paz.

Nesta ramificação para o futebol português, esta associação com a FPF revelou-se “o casamento perfeito”, enaltece Jorge Antas de Barros.

“A La Liga fez a parceria com a Academia Diplomática na montagem da exposição [em Espanha]. Aqui, achei por bem fazer com a Federação Portuguesa de Futebol, porque traz uma mais-valia. Ainda por cima num ano e numa altura em que foi dado a conhecer a realização do Campeonato Mundo de futebol em 2030. Achei que a federação merecia que nós fizéssemos esta parceria e nós merecíamos também que a federação estivesse disponível para fazer esta parceria connosco”, sublinha.