
Francisco Pinto Balsemão deixou um enorme legado no Jornalismo e nas empresas de media
Francisco Pinto Balsemão morreu ontem, dia 21 de Outubro, aos 88 anos. O patrão do grupo Impresa, que foi jornalista e primeiro-ministro, foi um dos mais marcantes homens do Jornalismo em Portugal.
Fundou o semanário Expresso em 1973, ainda na ditadura, foi fundador do PSD, foi primeiro-ministro do governo da AS entre 1981 e 83 na sequência da morte de Sá Carneiro, fundou a primeira tv privada em 1992, a SIC, e foi sempre um homem dedicado ao Jornalismo. De resto, o Diário Popular, que era do tio, foi o primeiro jornal a que esteve ligado.
A Impresa está em processo de venda ao antigo grupo de Berlusconi. Mas Balsemão foi um homem que desenvolveu o seu grupo de forma extraordinaria, criando uma grande escola de jornalismo, nomeadamente Marcelo Rebelo de Sousa, Vicente Jorge Silva, José Manuel Fernandes.
Marcelo fez ontem um grande elogio a Balsemão, chamando-lhe ‘um dos homens mais importantes da democracia, um lutador pela liberdade de informação’. ‘Foi marcante na política, foi deputado ainda antes do 25 de Abril, fez a revisão constitucional mais importante em 1982 e revolucionou quer a Imprensa escrita quer a teevisao. Era um humanista, era um europeísta e um atlantista’, disse ainda o Presidente da República.
Foi um jornalista dedicado até ao fim às novas tecnologias, com uma grande visão e sem medo do futuro na área do Jornalismo, ao contrário de tantos de nós. Se não fosse por mais nada, só isso já vai fazer muita falta.
O CNID apresenta à família os mais sentidos pêsames,