Florêncio: Reações (2)

A Federação Portuguesa de Futebol e o Comité Olímpico de Portugal fizeram chegar ao CNID notas de pesar pelo falecimento de António Florêncio, ocorrido na madrugada do passo sábado. Em nome do CNID, de que António Florêncio foi presidente durante 12 anos, agradecemos profundamente estas manifestações de carinho, que mostram como foi alguém que foi muito importante para o desporto português.

António Florêncio: reações à sua morte (1)

A morte de António Florêncio tocou muita gente, de jornalistas a dirigentes do futebol e fazemos aqui uma recolha de alguns que nos enviaram ou que apareceram nas redes sociais.

“Morreu o António Florêncio. Foi um jornalista essencial na internacionalização de A BOLA e grande responsável pelas galas em Lisboa do World Player of the Year em parceria com a Fifa. Um histórico correspondente do jornal e um inesquecível companheiro”

Vitor Serpa, ex-diretor de A Bola 

“António Florêncio – Querido Amigo, estarás sempre aqui!

O amanhecer despontou terrivelmente triste com a partida do António. Por alertado, há várias horas que esperava as más notícias e, pela palavra do seu adorado filho Rui, o inevitável aconteceu.

Mesmo assim, ninguém se prepara, quando se desvanece alguém tão importante para a habitual manutenção das coisas boas e saudáveis da nossa Vida. 

O António era e será uma das figuras marcantes da minha existência. 

Eu e a minha Família tivemos o enorme privilégio de contar com a sua presença e convívio ao longo de décadas. 

Para lá da sua elevada estatura, como homem e como profissional, recordaremos sempre a alegria de viver, as canções, as anedotas, os ditos tão especiais, a gargalhada peculiar e uma forma de saber estar que não deixava ninguém indiferente. 

Como costumo dizer, é a Vida a rolar, mas custa muito, mesmo muito!

Um grande Amigo que não voltarei a ver, mas que, pelo seu legado humano, estará sempre por aqui! Ao nosso lado!

João Gonçalves, jornalista e ex-andebolista

“Conheci o António Florêncio há tantos anos que nem me recordo. Foi um companheiro, amigo e colega de trabalho. Aqui há uns anos veio a Lisboa reunir com os demais membros da direção do CNID para lhes comunicar a sua retirada, devido a um problema de saúde.

Nesse dia telefonou-me e disse-me o que se passava e pediu-me: “Zé, não leves a mal mas não quero estar contigo. Vai custar mais aos dois…” Despedimo-nos assim, por telefone, sabendo que, por vontade dele, nunca mais nos veríamos.

Respeitei a sua vontade e hoje recordo o António Florêncio com dor e saudade.

José Carlos Freitas, Jornalista e ex-presidente do CNID

“Foi com surpresa e tristeza que li a notícia (…). O Florêncio era um bom companheiro e muito generoso no apoio aos jovens jornalistas, como era o meu caso quando me cruzei pela primeira vez com ele em serviços no estrangeiro. Forte abraço para a família.

Luís Milhano, Jornalista

“Era um ser humano único! Tenho histórias com ele que não tenho com mais ninguém do mundo do jornalismo . Triste . Um beijinho para família

Paulo Santos, fotojornalista

“Morreu um amigo. Sentidos pêsames.

Joaquim Queirós, Jornalista

“…partiu o António. 

“Velho” companheiro de muitas lides, brincalhão, alfacinha de gema e sempre disposto a dar a mão ao amigo.

Partilhamos grandes momentos aquando da candidatura de Portugal ao Euro-2004 e, mais tarde, na própria organização do evento. 

Ficam as memórias, sempre boas, quantas delas partilhadas à mesa, para um bom repasto.

Até sempre Florêncio!

Fernando António, Jornalista

“Há muito tempo que nada sabia sobre o António Florêncio . Os mais respeitosos sentimentos à familia e amigos. No CNID desenvolveu trabalho prestigiante para os jornalistas da área do desporto   .

Fernando Maciel, Jornalista

“Também tu, ‘Flores’? esta ‘lísbia’ há muito não é a mesma. #rip #AntónioFlorêncio privilégio ter partilhado o ‘balneário ‘ e tantas histórias contigo. Sentidos pêsames a toda a família

João Esteves, Jornalista

“Muito triste com a partida do Florêncio. Ficamos mais pobres e vazios. Sentidas condolências. Paz à sua alma.

Pedro Azevedo, Jornalista

Os meus sentimentos a toda a família. Um grande Senhor que nos deixa🙏

Tiago Viegas, presidente da Academia Olímpica 

“Trabalhei com ele diretamente no Euro 2004. Um senhor. Mais tarde na liga assinei um protocolo com o CNID que julgo ainda está em vigor. Sentidas condolências para toda a família e amigos

Hermínio Loureiro, ex-secretario de Estado do Desporto e ex-presidente da Liga de Futebol

“O meu grande Amigo António deixou-nos. Ele que tanto amava a Vida e a família e era tão solidário com os amigos. Lamento muito, fico triste, mas recordo as horas, os dias, os meses que convivemos na luta pela dignificação e  prestígio do CNID e por um Jornalismo com Ética  e independente.

Murillo Lopes, secretário geral do CNID

“Recordo com muitas saudades uma pessoa excecional, um grande profissional,  um amigo  com quem tive o prazer de trabalhar no Matra Racing e vários contatos durante o Euro. Os meus sentidos pêsames à família e amigos.

Lucidio Ribeiro, empresário de futebol

“Grande profissional e pessoa muito ponderada e acessível. R.I.P.

Alexandre Mestre, antigo secretário de Estado do Desporto

“Fomos « rivais » – ele na Bola e eu no Record, mas percorremos a Europa juntos e éramos amigos. 

Um abraço para a família!

Noé Monteiro, ex-correspondente de Record na Suíça 

“Uma perda para o jornalismo desportivo. Um profissional como poucos, de um sentido ético acima de qualquer suspeita, uma pessoa com um humor contagiante. Os meus sentimentos à Família e Amigos. RIP

Avelino Azevedo, árbitro de voleibol

“Conheci o António Florêncio como grande profissional, empenhado, bem disposto e sempre disponível para ouvir e sugerir direções. Trabalhou com as associações de futebol ajudando definitivamente a criar caminho novo. O Desporto e o jornalismo desportivo perde um dos seus melhores. Condolências à família e ao CNID que dele se devem orgulhar.

Carlos Lopes Ribeiro, dirigente desportivo

“Até sempre amigo. E obrigado por tudo

Germano Almeida, comentador

Faleceu António Florêncio

António Florêncio 1942-2024; presidente do CNID entre 2005 e 2017

O CNID está de luto. António Florêncio, presidente do CNID entre 2005 e 2017, faleceu hoje, sábado, na sua casa em Bussum, a 30km de Amesterdão, na Holanda, onde tinha residência há muitos anos. O funeral está marcado para dia 24, na Holanda.

António Luís Pereira Florêncio nasceu a 22 de Março de 1942 em Lisboa, era casado com Sybella. O casal que teve dois filhos, Rui e Nicole. Foi correspondente internacional de A Bola, foi também jornalista de O Jogo, da Rádio Renascença e de outros órgãos. Era muito amigo do treinador Artur Jorge e esteve com ele no Matra Racing e no PSG, bem como no Benfica.

Homem dos sete instrumentos, fez de quase tudo na vida, desde cantar até colaborar na organização do Euro 2004, ele que foi muito importante também na peuena equipa que conseguiu que a UEFA entregasse a Portugal a sua organização. Conhecia muito bem os corredores da UEFA e da FIFA, os seus dirigentes (como Joseph Blatter, primeiro secretário-geral e depois presidente da FIFA). O mundo era a sua casa e era um lisboeta que se adaptava ao que fosse preciso. Desde que houvesse puré de batata, estava tudo bem.

ENTREGA DO PREMIO ATLETA DO ANO 2006 CNID
COP
VICENTE MOURA, VANESSA FERNANDES, ANTONIO FLORENCIO
23-10-2006
GIKA CANOSO

Era amigo de grandes nomes do futebol – Johan Cruyff, por exemplo, , de que era visita de casa e a quem fez várias entrevistas para A Bola. Não havia jornalista habituado aos grades palcos internacionais que não o conhecesse, ate porque falava fluentemente seis línguas – Português, Francês, Inglês, Espanhol, Italiano e neerlandês – tinha facilidade em se entender com todos.  Na Holanda era amigo dos grandes jornalistas  do país, até pela sua presença assídua nas bancadas de Imprensa dos seus estádios.

Como presidente do CNID esteve ligado a questões importantes, como a escolha para fazer parte do Conselho Nacional do Desporto, importante órgão de aconselhamento do Governo na área do Desporto e – o CNID continua hoje a faze parte do CND. Lutou também bravamente pelos direitos de os sócios doCNID terem acesso aos jogos da Liga de Futebol e aí não teve sucesso, no que continua a ser uma decisão incompreensível do futebol profissional português.

JOSE MOURINHO E ANTONIO FLORENCIO.GALA DO 40∫ANIVERSARIO DO CNID.
15-05-CASINO LISBOA
FOTO JO√O TRINDADE/IMAGEM DIGITAL

Muitas mensagens nos têm chegado, desde a Federação Portuguesa de Futebol aos antigos secretários de Estado Hermínio Loureiro e Alexandre Mestre, até um grande número de jornalistas e deles daremos conta proximamente aqui no site.

À família de sangue do António Florêncio, o CNID – Associação dos Jornalistas de Desporto apresenta as mais sentidas condolências. Aos Jornalistas de Desporto, faz um apelo – o de que honrem a memória de um homem bom, de um Jornalista que amava o Jornalismo A Direção discutirá na próxima reunião a melhor forma de homenagear um dos seus presidentes.

António Florêncio com Eusébio

CNID FELICITA DIOGO RIBEIRO

O CNID – Associação dos Jornalistas de Desporto congratula-se com o título mundial conquistado por Diogo Ribeiro, a quem apresenta os parabéns pelo feito alcançado, inédito na Natação portuguesa.

Diogo Ribeiro, recorda-se, foi premiado pelo CNID com o galardão de Atleta do Ano na Gala de 2023, realizada em Viana do Castelo.

Para além dos justificados parabéns, o CNID deseja as maiores felicidades para as próximas competições, na certeza de estar perante um dos maiores atletas de sempre do Desporto de Portugal.

Lisboa, 12 de Fevereiro de 2024 

Prémio “Desporto com Etica” bate recorde de candidaturas

José Lima, coordenador do PNED

O Prémio”Desporto com Ética” bate, desta vez, mais um recorde, com um total de 67 candidaturas, segundo os dados revelados pelo PNED – Plano Nacional para a Ética Desportiva, que organiza o concurso juntamente com o CNID – Associação dos Jornalists de Desporto.

São 37 candidaturas no segmento Imprensa Desportiva ou Generalista e 30 no da Imprensa Regional. Desde 2020 houve um crescimento de 123% nas candidaturas validadas (de 30 para 67), num trabalho conjunto das duas organizações, de forma a que mensagem da necessidade de um desporto com Ética possa ser mais conhecida. Os Jornalistas têm aderido, interessando-se por um tema que precisa sempre de ser avivado. 

Habitualmente, os prémios são entregues na Gala anual do CNID, que este ano se deverá realizar no mês de Maio, em Viseu, escolhida como Cidade Europeia do Desporto 2024.

“Os tempos estão a mudar”, como dizia Bob Dylan

 

Vítor Serpa, antigo diretor de A Bola

O jornalista e escritor Vítor Serpa, ex-director de “A Bola”, ex-presidente da AG do CNID, que nos honra com a sua amizade, publicou na rubrica semanal “Porque hoje é sábado” (03.Fev.2024), no jornal desportivo que liderou ao longo de três décadas, uma interessante e lúcida reflexão sobre o momento actual do nosso País, no qual “os tempos estão a mudar tão evidentemente que, até em Portugal, as claques de alguns clubes de futebol que viveram décadas de impunidade, apesar da evidência dos seus desmandos, das suas acções escondidas numa opacidade conivente, da sua intolerância e violência em confronto permanente com a Liberdade de cada indivíduo, e com as leis da República, estão enfim a ser alvo de investigação criminal”.
Recorrendo a Bob Dylan, esse admirável construtor/cantor de canções emblemáticas nos anos sessenta do século XX,Vítor Serpa recorda uma delas, surgida em 1964 The times they are a-changin’, como um alerta “quanto à força pujante da transformação geracional”. De resto “ninguém é insubstituível e ninguém deverá insistir em ir além do seu tempo.”
Foi isso mesmo que Dylan nos disse naquela histórica canção: “…a sua velha estrada/é rapidamente envelhecida/por favor saia da nova/se não puder dar uma mão/para os tempos que estão a mudar.”
Pois foi … “Os jornalistas (e não só os da área do Desporto) sofreram danos físicos e morais ao longo de muitos anos e as suas queixas perdiam-se na convicção serena das entidades públicas que viam todos os atropelos aos mais elementares direitos cívicos como alguns
excessos “próprios do futebol”. Como se houvesse uma lei para o País e outra para o Futebol. Como se um cidadão que entrasse num estádio decidisse abdicar, por sua conta e risco, dos seus direitos essenciais.”
Continua então o autor.” E repito, foi assim durante décadas.Sucederam-se os governos, os parlamentos, os Presidentes da República e as  entidades judiciais , mas o estado de impunidade das claques dos clubes de futebol e a tolerância para com o conluio óbvio
e facilmente detectável entre essas guardas pretorianas e os principais dirigentes manteve-se, sem ponta de remorso.”

Vítor Serpa, entretanto, com a sua longeva experiência e manifesta
autoridade profissional, recorda:
“Sei do que falo. Lembro-me bem de certas assembleias exaltadas, no Sporting, no tempo em que sócios endoidecidos rasgavam os blocos de notas dos jornalistas perante a  passividade dos dirigentes…;”
“… como recordo os tempos em que um presidente do Benfica mandava os jornalistas para uma bancada de  imprensa, a que chamávamos “a esplanada”,colocada estrategicamente no meio da bancada dos sócios, sem qualquer resguardo ou controlo policial…;”
“… e, evidentemente,que me recordo bem do clima de intimidação e das cenas de violência brutal no velho Estádio das Antas, no tempo do famigerado guarda Abel.”
E constatou,então, o autor: “Ninguém ligava a queixas e cada clube usava a sua guarda pretoriana  à luz da conveniência dos seus regimes presidencialistas, absolutistas e, sobretudo, intocáveis.”

Já se iniciou a Cidade Europeia do Desporto Viseu 24

O momento em que Luís Nobre, presidente da Câmara de Viana, que foi CED em 2023, entregava a bandeira a Viseu, na passagem de testemunho para a CED Viseu 24

Viseu acolheu no sábado, dia 20 de janeiro, a Gala de abertura da Cidade Europeia do Desporto 2024, que durante este ano vai animar a cidade e toda a região, com inúmeros eventos ligados ao desporto, de competições a congressos e à Gala anual do CNID – Associação dos Jornalistas de Desporto.

Com o Pavilhão Multiusos cheio, a gala, apresentada por Andreia Sofia Matos (Canal 11) encheu a pista de luz, cor, muitos atletas e representantes de clubes, ao longo de cerca de duas horas, num espetáculo feito por gente de Viseu na sua totalidade, como salientou o presidente da Câmara, Fernando Ruas.

Entre os muitos presentes saliente-se Carlos Lopes, o campeão olímpico da maratona que é de Vildemoinhos, o treinador e antigo internacional de futebol Paulo Sousa, o ex-secretário de Estado João Paulo Rebelo. António Silva (Benfica) e João Félix (Barcelona) embaixadores da organização, participaram através de videos. Muitos convidados como a presidente da Fundação do DesportoSusana Feitor, o presidente da Federação de Atletismo, Jorge Vieira, e muitos outras personalidades. Vitor Pataco, presidente do Instituto Português do Desporto e da Juventude representou o secretário de Estado ainda em funções, João Paulo Correia.

Gianfrancesco Lupatelli, presidente da Associação das Cidades Europeias do Desporto (ACES Europa) salientou o interesse que tem despertado em Portugal e em toda a Europa, e agora também no Brasil, esta organização que procura desenvolver o desporto para todos e o bem estar.

Vitor Pataco sublinhou a presença de Carlos Lopes, que de resto deu o nome à mascote escolhida (‘Carlitos’) e como Viseu tem todas as condições para fazer uma grande Cidade Europeia do Desporto.

Fernando Ruas lebrou que Viana do Castelo, a CED 2023, pôs a barra muito alta com uma organização considerada de excelência e que Viseu pretende emular. Agradeceu aos clubes e aos atletas tudo o que têm feito e manifestou a esperança de que Viseu possa sair desta organização como uma cidade ainda melhor para viver porque terá mais condições para a prática do desporto.

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