Faleceu Carlos Pereira Santos

Carlos Pereira Santos em Outubro passado, na apresentação do seu livro “Ao pé coxinho”, que tem ilustrações de Ângelo Machado

O Jornalista Carlos Pereira Santos, Prémio Jornalista do Ano Neves de Sousa em 2023, faleceu segunda-feira no Hospital de Matosinhos, aos 62 anos. Era Chefe de Redação do diário O Jogo depois de uma longa carreira que o levou ao extinto ‘O Comércio do Porto’, até ‘A Bola’ e também ‘O Jogo’.

É autor de vários livros, o último dos quais com o título “Ao pé coxinho”, apresentado apenas há alguns meses. Homem de Leça, era irmão do diretor de ‘O Jogo’, Vítor Santos, e tio de Mónica Santos, até há pouco também jornalista no diário desportivo portuense. A eles especialmente, mas também ao resto da família, aos filhos Rodrigo e Carlos Jorge, o CNID apresenta as mais sentidas condolências.

Pelas redes sociais há inúmeros testemunhos da influência que Carlos Pereira Santos, por muitos conhecido por ‘P’ apenas, teve na carreira de tantos jornalistas. Deixa, por isso, um legado muito importante e vasto entre colegas, pela sua personalidade e pelo seu registo como Jornalista.

Uma entre tantas, a de Eugénio Queirós:

“Uma mente criativa, uma pena de escrita fina, amigo para todas as ocasiões, não era perfeito como ninguém é mas distinguia-se da massa bruta não apenas pelas suas qualidades como jornalista.
O Carlos morreu hoje mas tudo o que representa para os seus amigos continuará connosco até ao fim que nos espera a todos.
Tu sabes bem como eu gostava de ti.”

O funeral será quarta-feira, dia 6,, às 15 horas, na Capela do Corpo Santo de Leça da Palmeira.

Carta a um jovem Jornalista

(Este artigo surge na sequência de várias notícias surgidas sobre uma entrevista feita por Afonso de Melo a Deco e publicada no passado dia 9 de Fevereiro na revista Luz do jornal Sol. Fala da forma como hoje se vvai buscar informação a outros órgãos de Comunicação e muitas vezes sem citar a fonte. O CNID gostaria de receber outras opiniões sobre este tema, de jornalistas ou até não jornalistas, de forma a debater a questão. Sintam-se convidados a darem a sua opinião) 

Por Afonso de Melo

Aeroporto de Barajas, 14 de Fevereiro de 2024

Enquanto espero pela ligação que me levará até Lisboa depois de uma semana de trabalho na Arábia Saudita, passo os olhos sobre as notícias online e pelos pdfs dos jornais desportivos portugueses. No espaço de menos de 15 minutos deparo-me com:

– explicou Carragher à Sky Sports

– segundo informações veiculadas pelo Manchester Evening News

– segunda adianta o portal britânico Football Insiders

– a notícia é avançada pelo diário espanhol As

– de acordo com o The Sun

– o Mundo Deportivo avança

– de  acordo com o portal Sport Bible

– citado pela BBC

– de acordo com o diário Sports

– o Sports refere que

– de acordo com o Globo Esporte

– segundo a Catalunya Radio

– segundo conta a Sky Sports

– de acordo com o que conta o jornalista Fabrizio Romano

(aqui acrescento que não percebo porquê e quando surgiu esta figura meio sinistra que se auto intitula especialista em transferências de jogadores)

Confesso: fico estupefacto! Desde quando jornais e jornalistas são fontes de informação? Desde quando um jornalista se senta à secretária a roubar (não encontro palavra melhor) as notícias dadas por companheiros de profissão? Antes de vir para a Arábia estive em Barcelona com o Deco. Somos amigos há mais de vinte anos, fui assessor de imprensa na selecção nacional (e, sublinho, entreguei a minha carteira de jornalista enquanto cumpri essa função e fiz, como manda a deontologia, dois anos de nojo depois da minha saída dessas funções, dois anos durante os quais não escrevi sobre a selecção), conversámos bastante até porque não estávamos juntos há muito tempo. Fiz com ele uma entrevista que foi publicada na revista Luz do jornal Sol (oito páginas) para o qual trabalho. Uma entrevista frente a frente, cara a cara, não por telefone ou por mail.

Solicitou-me o Manuel Queiroz, presidente do CNID, que anda no jornalismo mais ou menos ao mesmo tempo do que eu, que escrevesse este texto. Não o entendam, pelo título, como algo de paternal, nem isso faz o meu estilo. Remete para uma obra universal de Reiner Maria Rilke: Carta a um Jovem Poeta. Carta essa dedicada a um soldado chamado Franz Xaver Kappus. Rilke aconselhava-o a prosseguir a vida com uma conduta norteada pelo rigor e pela integridade e por uma independência sem concessões. Se eu tivesse algo a dizer a um jovem jornalista, mesmo sabendo que não me ouve, diria como Rilke: «Não te deixes anular pela multidão; diz não sempre que sentires que é isso que te vai na alma; não deixes que te amarrem a uma secretária a copiar palavras alheias». O jornalismo é como o futebol de Drummond de Andrade: faz-se na rua; faz-se na alma. Começa dentro de nós mesmos como uma vontade incontrolável. E se fores atrás dela saberás que é par isso que foste feito. E, como dizia o Vítor Santos, emérito Chefe de Redacção de A Bola: «Pensa no leitor em primeiro lugar porque é ele que te dá de comer».

O Vítor Santos recebeu-me n’A Bola, por mão do meu querido Joaquim Rita, no final dos anos-80, com estas palavras: «Dizem-me que tens talento. As páginas de A Bola estão abertas para provar que as mereces». Nesta Carta ao Jovem Jornalista acredito que muitos não saberão sequer o que isto significa. Outros tempos – tempos dos mestres. Nessa fase da minha vida já tinha trabalhado com gente de nome enorme noutros jornais – Victor Cunha Rego, Eduardo Gageiro, Peixe Dias, Fernando Assis Pacheco. Como eu, o João Bonzinho, o Rui Dias, ligeiramente mais tarde o António Magalhães, subimos ao segundo andar do número 23 da Travessa da Queimada com as pernas a tremer de entusiasmo, convencidos de que seríamos a grande geração que substituiria a geração dos nomes inconfundíveis: Vítor Santos, Carlos Pinhão, Alfredo Farinha, Carlos Miranda, Aurélio Márcio, Homero Serpa, Cruz dos Santos, Álvaro Braga Júnior… Éramos jovens, tínhamos direito a sonhar. Só não tínhamos o direito de os envergonhar.

A primeira vez que sugeri ao Carlos Pinhão citar algo que tinha sido publicado num jornal estrangeiro, salvo erro La Gazzetta dello Sport, recebi a resposta merecida: «Mas tu queres ser um repórter ou um recórter? Pega no telefone e vai confirmar as fontes».

Já o Vítor Santos tinha uma frase mais direta de cada vez que caíamos na tentação do facilitismo: «Mas tu julgas que istoi é o PIM-PAM-PUM?»

  • A primeira vez que sugeri ao Carlos Pinhão citar algo que tinha sido publicado num jornal estrangeiro, salvo erro La Gazzetta dello Sport, recebi a resposta merecida: «Mas tu queres ser um repórter ou um recórter? Pega no telefone e vai confirmar as fontes».

Confesso que senti o meu trabalho vandalizado (falo ainda da entrevista feita ao Deco quando topei com descaramento de um dos nossos jornais, não importa qual, neste momento o cancro está generalizado como demonstrei logo de início, abriu uma página online dizendo: «Deco: Ruben Amorim joga com um estilo parecido com o Barcelona mas tem muito pouca experiência». Não! Não foi isso que o Deco disse. Ainda chocado, enviei para o CNID esta reclamação: «Infelizmente tornou-se hábito na imprensa portuguesa simplesmente roubar nacos de reportagens ou entrevistas feitas por outros jornalistas noutros jornais. Este é um bom exemplo da forma como se transformou uma frase banal de uma entrevista de oito páginas numa barulheira sem qualquer sentido. A entrevista foi feita por mim, tenho 40 anos de profissão, sei que títulos escolher e não foi por acaso que não escolhi este que, de momento, me está a dar problemas profissionais com pessoas que merecem todo o meu respeito e têm respeito por mim. Quem autorizou esta publicação??? Não eu! Não o jornal Sol! O jornal que me paga, aliás, já que não sou pago por aquilo que os outros fazem do meu trabalho.

  • Senti o meu trabalho vandalizado (falo ainda da entrevista feita ao Deco) quando topei com descaramento de um dos nossos jornais, não importa qual, neste momento o cancro está generalizado como demonstrei logo de início, abriu uma página online dizendo: «Deco: Ruben Amorim joga com um estilo parecido com o Barcelona mas tem muito pouca experiência». Não! Não foi isso que o Deco disse

A que propósito os jornalistas (???) se acham agora no direito de publicar matérias alheias sem sequer prestarem contas aos autores? Quem se responsabiliza agora por o assunto ter sido descontextualizado? Quem regula esta pouca vergonha que se tornou simplesmente o dia a dia de gente que não devia ter sequer direito à carteira profissional? Espero que esta reclamação não caia em saco roto. O caminho é perigoso e põe muitas pessoas em causa. Este caso está a criar problemas ao Deco, em Espanha, e a mim por via da relação que tenho com ele. Como explicar agora que a frase se fosse verdadeiramente importante no contexto teria sido, obviamente, usada por quem escreveu e editou a entrevista. Ou agora os outros decidem por nós o que deve ou não deve ser tornado o centro de uma entrevista?»

E assim chegamos ao momento em que, no aeroporto de Madrid, me deparo com o esbulhar puro e duro de tudo quanto é informação de outros, pura e simplesmente recortada à medida de, como diria o Pinhão, um bom recórter. É isso que queremos nos nossos jovens jornalistas? Que sejam recórteres? Que sejam ensinados a espoliar sem o mínimo de pudor o trabalho alheio, sem sequer terem o cuidado de procurar confirmar as fontes, solicitar a permissão das citações, respeitar minimamente a verdade das frases proferidas?

  • A que propósito os jornalistas (???) se acham agora no direito de publicar matérias alheias sem sequer prestarem contas aos autores? Quem se responsabiliza agora por o assunto ter sido descontextualizado? Quem regula esta pouca vergonha que se tornou simplesmente o dia a dia de gente que não devia ter sequer direito à carteira profissional?

Viajei para a Arábia Saudita. Como já referi, a entrevista com o Deco saiu na sexta-feira dia 9 de Fevereiro. Entretanto, porque achou que as suas palavras pudessem ser mal entendidas (tínhamos acabado de sair de Montjuic, Xavi afirmara que era preciso mudar muito no Barcelona e Klopp acabara de dizer que não continuaria no Liverpool), ele ligou-me para corrigir uma frase – uma única frase numa entrevista de oito páginas. A correção foi feita, mas já não a tempo de sair no papel, saindo no online com nota respetiva – e com a entrevista completa também no online já com a correção devida). Meia hora após o empate do Barcelona em casa com o Girona, um jornal catalão foi recuperar a versão original da entrevista, ignorou a nota de correção, e abriu uma guerra com a ideia de que Deco queria alterar toda a filosofia do Barça e o seu estilo de futebol. Choveram telefonemas em Riade. Três dias depois de o assunto ter sido revisto e reposto. Pelo que percebi, em Portugal ninguém se interessou. Estavam mais preocupados em dizer que o Deco não queria o Ruben Amorim do que na filosofia no tiki-taka, o que é natural mas absolutamente falso.

Vamos ser práticos: entrámos  num caminho perigoso. Muito perigoso. Estamos numa fase em que se distorce a realidade e vale mais uma caixa a três (como se dizia no meu tempo) do que uma entrevista de vida. Com sinceridade começo a questionar-me se vale a pena fazer uma grande reportagem ou uma grande entrevista se, no final, ficará apenas a boiar a porcaria de um registo mal copiado. Volto a um dos meus queridos mestres, Alfredo Farinha. Leiam-no com atenção: «Quando comecei a escrever em jornais, o meu propósito, a minha ambição, o meu sonho, era ser jornalista da Grande Imprensa. Ir à procura da vida no meio da vida, ir ao encontro dos acontecimentos onde eles acontecessem, conhecer os problemas dos homens, devassar o segredo das coisas desconhecidas, saber as razões dos êxitos e dos fracassos da grande sociedade, ouvir os políticos falarem de política, os economistas de economia, os artistas de arte, descrever os contrastes entre os dramas da fome e os esplendores da opulência, contar as histórias verídicas da paz e da guerra – e analisar, comentar, criticar tudo o que visse e ouvisse, com lealdade, com verdade, com o desejo de esclarecer e de ser útil». Nunca li, em qualquer outro lado, uma tão bela declaração de amor a uma profissão que merecia não ter sido abastardada, vilipendiada por dentro, suicidária. Façamos a pergunta a nós próprios e tentemos responder: estamos num universo de lealdade e de verdade?; somos capazes de esclarecer? Seremos úteis?» Sim. Termino com esta pergunta perturbadora: estamos verdadeiramente a esclarecer e a ser úteis? É que se não o formos mais vale desistir daquela que podia ser uma das mais bela profissões da Humanidade. Já não falo por mim, à beira da reforma, falo à alma dos jovens jornalistas e à consciência de quem os conduz. Que não lhes ensinem o caminho do precipício.

António Florêncio: Reações (3)

Camaradas da Direção do CNID, a que há quase 40 anos tive o orgulho de pertencer,
A morte do António Florêncio tocou-me muito e levou-me a recordar os muitos grandes jornalistas portugueses com quem tive a honra de aprender, como homem e como profissional da comunicação.
Comecei pelo Galvão Correia, tão injustamente esquecido (até enquanto estava no ativo), passei pelo Carlos Pinhão, pelo Vitor Santos, pelo Homero Serpa e por tantos outros que seria fastidioso listar aqui. E à lista teríamos ainda de juntar os repórteres fotográficos, como o Nuno Ferrari, o António Capela e o Carlos Vidigal, para dar apenas três exemplos, os jornalistas de televisão (os outros que me perdoem, mas tenho de falar do meu amigo Serafim Marques!) e da rádio.
Esse pensamento saudoso levou-me a pensar que o CNID poderia criar um Quem é Quem do Jornalismo Desportivo. Talvez primeiro online, mas sempre com o sonho de chegar ao prelo.
Não é difícil e seria certamente uma forma de não permitir que pessoas que, de forma quase anónima, tanto contribuíram para o Desporto e para a Cultura (sim, para a cultura) caiam no esquecimento.
Há apenas pouco meses falava com um jovem jornalista desportivo (não direi quem nem de onde) e disse-lhe que um dos meus grandes modelos tinha sido o Carlos Pinhão. Os olhos dele viraram-se para o interior do crânio, talvez em busca de uma qualquer referência, antes de responder “Nunca ouvi falar…”.
Podemos permitir que isto aconteça?
Abraços fortes para todos

Frederico Valarinho, antigo sócio do CNID

Florêncio: Reações (2)

A Federação Portuguesa de Futebol e o Comité Olímpico de Portugal fizeram chegar ao CNID notas de pesar pelo falecimento de António Florêncio, ocorrido na madrugada do passo sábado. Em nome do CNID, de que António Florêncio foi presidente durante 12 anos, agradecemos profundamente estas manifestações de carinho, que mostram como foi alguém que foi muito importante para o desporto português.

António Florêncio: reações à sua morte (1)

A morte de António Florêncio tocou muita gente, de jornalistas a dirigentes do futebol e fazemos aqui uma recolha de alguns que nos enviaram ou que apareceram nas redes sociais.

“Morreu o António Florêncio. Foi um jornalista essencial na internacionalização de A BOLA e grande responsável pelas galas em Lisboa do World Player of the Year em parceria com a Fifa. Um histórico correspondente do jornal e um inesquecível companheiro”

Vitor Serpa, ex-diretor de A Bola 

“António Florêncio – Querido Amigo, estarás sempre aqui!

O amanhecer despontou terrivelmente triste com a partida do António. Por alertado, há várias horas que esperava as más notícias e, pela palavra do seu adorado filho Rui, o inevitável aconteceu.

Mesmo assim, ninguém se prepara, quando se desvanece alguém tão importante para a habitual manutenção das coisas boas e saudáveis da nossa Vida. 

O António era e será uma das figuras marcantes da minha existência. 

Eu e a minha Família tivemos o enorme privilégio de contar com a sua presença e convívio ao longo de décadas. 

Para lá da sua elevada estatura, como homem e como profissional, recordaremos sempre a alegria de viver, as canções, as anedotas, os ditos tão especiais, a gargalhada peculiar e uma forma de saber estar que não deixava ninguém indiferente. 

Como costumo dizer, é a Vida a rolar, mas custa muito, mesmo muito!

Um grande Amigo que não voltarei a ver, mas que, pelo seu legado humano, estará sempre por aqui! Ao nosso lado!

João Gonçalves, jornalista e ex-andebolista

“Conheci o António Florêncio há tantos anos que nem me recordo. Foi um companheiro, amigo e colega de trabalho. Aqui há uns anos veio a Lisboa reunir com os demais membros da direção do CNID para lhes comunicar a sua retirada, devido a um problema de saúde.

Nesse dia telefonou-me e disse-me o que se passava e pediu-me: “Zé, não leves a mal mas não quero estar contigo. Vai custar mais aos dois…” Despedimo-nos assim, por telefone, sabendo que, por vontade dele, nunca mais nos veríamos.

Respeitei a sua vontade e hoje recordo o António Florêncio com dor e saudade.

José Carlos Freitas, Jornalista e ex-presidente do CNID

“Foi com surpresa e tristeza que li a notícia (…). O Florêncio era um bom companheiro e muito generoso no apoio aos jovens jornalistas, como era o meu caso quando me cruzei pela primeira vez com ele em serviços no estrangeiro. Forte abraço para a família.

Luís Milhano, Jornalista

“Era um ser humano único! Tenho histórias com ele que não tenho com mais ninguém do mundo do jornalismo . Triste . Um beijinho para família

Paulo Santos, fotojornalista

“Morreu um amigo. Sentidos pêsames.

Joaquim Queirós, Jornalista

“…partiu o António. 

“Velho” companheiro de muitas lides, brincalhão, alfacinha de gema e sempre disposto a dar a mão ao amigo.

Partilhamos grandes momentos aquando da candidatura de Portugal ao Euro-2004 e, mais tarde, na própria organização do evento. 

Ficam as memórias, sempre boas, quantas delas partilhadas à mesa, para um bom repasto.

Até sempre Florêncio!

Fernando António, Jornalista

“Há muito tempo que nada sabia sobre o António Florêncio . Os mais respeitosos sentimentos à familia e amigos. No CNID desenvolveu trabalho prestigiante para os jornalistas da área do desporto   .

Fernando Maciel, Jornalista

“Também tu, ‘Flores’? esta ‘lísbia’ há muito não é a mesma. #rip #AntónioFlorêncio privilégio ter partilhado o ‘balneário ‘ e tantas histórias contigo. Sentidos pêsames a toda a família

João Esteves, Jornalista

“Muito triste com a partida do Florêncio. Ficamos mais pobres e vazios. Sentidas condolências. Paz à sua alma.

Pedro Azevedo, Jornalista

Os meus sentimentos a toda a família. Um grande Senhor que nos deixa🙏

Tiago Viegas, presidente da Academia Olímpica 

“Trabalhei com ele diretamente no Euro 2004. Um senhor. Mais tarde na liga assinei um protocolo com o CNID que julgo ainda está em vigor. Sentidas condolências para toda a família e amigos

Hermínio Loureiro, ex-secretario de Estado do Desporto e ex-presidente da Liga de Futebol

“O meu grande Amigo António deixou-nos. Ele que tanto amava a Vida e a família e era tão solidário com os amigos. Lamento muito, fico triste, mas recordo as horas, os dias, os meses que convivemos na luta pela dignificação e  prestígio do CNID e por um Jornalismo com Ética  e independente.

Murillo Lopes, secretário geral do CNID

“Recordo com muitas saudades uma pessoa excecional, um grande profissional,  um amigo  com quem tive o prazer de trabalhar no Matra Racing e vários contatos durante o Euro. Os meus sentidos pêsames à família e amigos.

Lucidio Ribeiro, empresário de futebol

“Grande profissional e pessoa muito ponderada e acessível. R.I.P.

Alexandre Mestre, antigo secretário de Estado do Desporto

“Fomos « rivais » – ele na Bola e eu no Record, mas percorremos a Europa juntos e éramos amigos. 

Um abraço para a família!

Noé Monteiro, ex-correspondente de Record na Suíça 

“Uma perda para o jornalismo desportivo. Um profissional como poucos, de um sentido ético acima de qualquer suspeita, uma pessoa com um humor contagiante. Os meus sentimentos à Família e Amigos. RIP

Avelino Azevedo, árbitro de voleibol

“Conheci o António Florêncio como grande profissional, empenhado, bem disposto e sempre disponível para ouvir e sugerir direções. Trabalhou com as associações de futebol ajudando definitivamente a criar caminho novo. O Desporto e o jornalismo desportivo perde um dos seus melhores. Condolências à família e ao CNID que dele se devem orgulhar.

Carlos Lopes Ribeiro, dirigente desportivo

“Até sempre amigo. E obrigado por tudo

Germano Almeida, comentador

Faleceu António Florêncio

António Florêncio 1942-2024; presidente do CNID entre 2005 e 2017

O CNID está de luto. António Florêncio, presidente do CNID entre 2005 e 2017, faleceu hoje, sábado, na sua casa em Bussum, a 30km de Amesterdão, na Holanda, onde tinha residência há muitos anos. O funeral está marcado para dia 24, na Holanda.

António Luís Pereira Florêncio nasceu a 22 de Março de 1942 em Lisboa, era casado com Sybella. O casal que teve dois filhos, Rui e Nicole. Foi correspondente internacional de A Bola, foi também jornalista de O Jogo, da Rádio Renascença e de outros órgãos. Era muito amigo do treinador Artur Jorge e esteve com ele no Matra Racing e no PSG, bem como no Benfica.

Homem dos sete instrumentos, fez de quase tudo na vida, desde cantar até colaborar na organização do Euro 2004, ele que foi muito importante também na peuena equipa que conseguiu que a UEFA entregasse a Portugal a sua organização. Conhecia muito bem os corredores da UEFA e da FIFA, os seus dirigentes (como Joseph Blatter, primeiro secretário-geral e depois presidente da FIFA). O mundo era a sua casa e era um lisboeta que se adaptava ao que fosse preciso. Desde que houvesse puré de batata, estava tudo bem.

ENTREGA DO PREMIO ATLETA DO ANO 2006 CNID
COP
VICENTE MOURA, VANESSA FERNANDES, ANTONIO FLORENCIO
23-10-2006
GIKA CANOSO

Era amigo de grandes nomes do futebol – Johan Cruyff, por exemplo, , de que era visita de casa e a quem fez várias entrevistas para A Bola. Não havia jornalista habituado aos grades palcos internacionais que não o conhecesse, ate porque falava fluentemente seis línguas – Português, Francês, Inglês, Espanhol, Italiano e neerlandês – tinha facilidade em se entender com todos.  Na Holanda era amigo dos grandes jornalistas  do país, até pela sua presença assídua nas bancadas de Imprensa dos seus estádios.

Como presidente do CNID esteve ligado a questões importantes, como a escolha para fazer parte do Conselho Nacional do Desporto, importante órgão de aconselhamento do Governo na área do Desporto e – o CNID continua hoje a faze parte do CND. Lutou também bravamente pelos direitos de os sócios doCNID terem acesso aos jogos da Liga de Futebol e aí não teve sucesso, no que continua a ser uma decisão incompreensível do futebol profissional português.

JOSE MOURINHO E ANTONIO FLORENCIO.GALA DO 40∫ANIVERSARIO DO CNID.
15-05-CASINO LISBOA
FOTO JO√O TRINDADE/IMAGEM DIGITAL

Muitas mensagens nos têm chegado, desde a Federação Portuguesa de Futebol aos antigos secretários de Estado Hermínio Loureiro e Alexandre Mestre, até um grande número de jornalistas e deles daremos conta proximamente aqui no site.

À família de sangue do António Florêncio, o CNID – Associação dos Jornalistas de Desporto apresenta as mais sentidas condolências. Aos Jornalistas de Desporto, faz um apelo – o de que honrem a memória de um homem bom, de um Jornalista que amava o Jornalismo A Direção discutirá na próxima reunião a melhor forma de homenagear um dos seus presidentes.

António Florêncio com Eusébio

CNID FELICITA DIOGO RIBEIRO

O CNID – Associação dos Jornalistas de Desporto congratula-se com o título mundial conquistado por Diogo Ribeiro, a quem apresenta os parabéns pelo feito alcançado, inédito na Natação portuguesa.

Diogo Ribeiro, recorda-se, foi premiado pelo CNID com o galardão de Atleta do Ano na Gala de 2023, realizada em Viana do Castelo.

Para além dos justificados parabéns, o CNID deseja as maiores felicidades para as próximas competições, na certeza de estar perante um dos maiores atletas de sempre do Desporto de Portugal.

Lisboa, 12 de Fevereiro de 2024